quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Repetição



Correndo o risco de me repetir...

Não percebo a minha falta de percepção em relação ao passado. Sim, para mim é passado. Desperdicei tanto tempo a tentar salvar o que estava condenado, sem perceber os sinais que gritavam FIM. Espero, pelo menos, ter aprendido alguma coisa.

Estive no meio do deserto porque quis? Não vi os oásis? Olhei para o outro lado? Não quis acreditar que existiam? Que podia ser diferente? Que EU podia ser diferente? Voltar a ser o que sempre fui?

Não preciso de chocolate... Tenho vontade de rir, dançar e cantar. Sinto-me descontraída, confiante, segura, expectante.

“I could have danced all night and still have begged for more.”

O futuro é aqui, como ouvi num qualquer slogan.

O milagre da multiplicação. Esquecer a decisão. Exercer o meu direito ao egoísmo. Prender-me a quem quiser, quando quiser. Nunca antes. Sou, estou e pode ser que vá. Ou não. Pedir conselhos ao tempo. Sem pressa.

Primeiro, o estar porque sim, ser como sou, rir porque me apetece e estou bem, cantar porque partilho a mesma música.

Depois, o olhar. Esquecer os outros e as convenções. Abandonar as boas maneiras: falar, trocar cumplicidades, reservar espaço, rir. Olhar. Tudo como se tivesse que ser. A correr. O tempo urge? Também. Mas a correr porque não se pode parar. Mas parei. E soube bem: ‘save something for a rainy day’. Há sempre um depois. E vale a pena o risco.

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