Ninguém gosta de ouvir os sonhos dos outros... E de ler?
Começa a ser recorrente... ou sonhei que já tinha sonhado este sonho mais vezes?
Estou em locais públicos e, de repente (não mais que de repente), percebo que estou em cuecas. Lindas, claro. Mas em cuecas. E, durante o sonho, esta certeza óbvia desaparece e reaparece, e lá entro eu noutro sítio qualquer, só para ser apanhada de novo com as calças na mão. Aliás, eu gostaria de ter as calças na mão...
Esta noite passei por uma casa que parece que já criei mais vezes, uma rua de Londres (ou seria Amsterdão?) e um ou dois bares muito ao estilo uptown: grupos de pessoas que me olhavam, rapazes que me perseguiam (Where have all the good men gone, and where are all the Gods, where's the street-wise Hercules to fight the rising odds?, isn’t there a white knight upon a fiery steed?, late at night I toss and I turn and I dream of what I need - I need a Hero) , o medo de estar sozinha à noite ao lado de uma banca de doces (muito américa-latina) e a decisão de sair dali e ir! Assim. Ir. Descubro agora que no sonho não ia para casa nem tinha outro destino bem definido. Ia simplesmente porque sabia que ia chegar a um porto seguro.
Ninguém gosta de ouvir os sonhos dos outros... Bem, nem de toda a gente e nem todos os sonhos...
Procurava explicações na net para sonhar repetidamente (ou talvez não) com este tema, quando decidi publicar mais um pedaço de mim. Entretanto, ao escrever, fui descobrindo 2 ou 3 leituras possíveis para os mistérios do meu subconsciente retorcido e revolto. Não é difícil. Mas não é assim tão fácil.
Vamos então à psicologia, meus amigos (sim, porque se chegaste até aqui na leitura, tens que ser muito meu amigo para aturar isto... ou então, tens uma curiosidade um pouco... huuuummmm... como direi?... curiosa?):
Perder as calças ou a saia sem dar por ela: medo de revelar demasiado? demasiado exposta perante os outros porque revelo demasiado? (acabei de usar uma anáfora... ou será outra coisa qualquer?) Ou, materializando isto tudo, uma fraca noção de moda? o medo de não ter que vestir? (diz ela com dois roupeiros cheios de trapos).
Voltemos ao lado sério: não sei. Revelo-me demasiado? Sim, não tenho muito a esconder. Esta minha sede por experiências e bons momentos (porque a vida são dois dias e já estou no lusco fusco do primeiro) pode levar-me a situações menos claras? Sim, é muito possível.
Solução: tal como quem anda com um par extra de meias quando veste saia, terei que andar com um par extra de calças também!
Bons sonhos!
PS: perdoem-me outra vez o exagero dos parênteses.
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