domingo, 21 de janeiro de 2007

Quando eu for grande

(esta foto não é minha)
Andava eu a passear pela blogsfera (é assim que se diz?) quando deparei com um post sobre o tema. Parece-me bem. Resolvi imitar e aqui estou.
Quando eu for grande quero ter dinheiro para ter um orfanato. E um lar da terceira idade. Ou 2. Ou muitos. Quero lutar por uma sobrevivênvia mais feliz de milhares (milhões?) de crianças. Quero ir para a Ásia ou para África e adormecer todas as noites com um sorriso cansado e feliz e a certeza que há uma solução. Lutar e agir contra as injustiças - todas!
Isto da democratização também é bonito. Também contribuo. Mas queria projectos mais longos, com mais acção no terreno; queria ter a certeza que fazia a diferença, que ajudava outras pessoas a adormecerem com um sorriso cansado e feliz (não, não vamos por aí...).
E então? Porque não? Porque não vais?, perguntam vocês. Há tantas organizações por aí: missionários, ONGs (a minha experiência diz-me que são muito poucas as que realmente fazem acontecer), etc, etc...
E vou. E tenho ido. Mas quero mais. Quero satisfazer o meu lado egoísta. Quero satisfação. Mais. Quero ganhar dinheiro. Quero ir e voltar. Quero o meu porto de abrigo. Quero uma vida boa, confortável, cheia de pequenos luxos e grandes tentações. Tudo coisas que a maior parte das crianças não vão ter ou sequer saber que existem...

1 comentário:

Anónimo disse...

Era uma vez um escritor que morava numa tranquila praia, junto de uma colónia de pescadores.

Todas as manhãs caminhava à beira do mar para se inspirar, e à tarde ficava em casa escrevendo.

Certo dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar.

Ao chegar perto, ele reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia para, uma por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano.

Por que está fazendo isso? - Perguntou o escritor.

Você não vê! - explicou o jovem - A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar e morrer se ficarem aqui na areia.

O escritor espantou-se.

Meu jovem, existem milhares de quilómetros de praias por este mundo fora e centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia.

Que diferença faz? Você joga umas poucas de volta ao oceano. A maioria vai perecer de qualquer forma.

O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta ao oceano e olhou para o escritor.

Para essa aqui eu fiz a diferença...

Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, sequer dormir.

Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano.

Sejamos, portanto, mais um dos que querem fazer do mundo um lugar melhor.

Sejamos a diferença!

In - A Espuma do dia