domingo, 15 de julho de 2007

Pequeno Manual Sobre o Amor (Parte IX)


Do Quero Tudo.

Saber parar de querer e gostar é uma virtude alcançável por poucos. Ser abençoado pela capacidade de estar e sair sem olhar para trás, é algo que se deve agradecer profusamente aos deuses.
Não ter saudades, não lembrar, não ter vontade de uma última vez (e mais uma e outra e mais outra ainda), será então o suprasumo da expressão Viver o momento.
Passar pelo hoje sem olhar para ontem nem pensar no amanhã pode ser absolutamente fantástico. Mas quando não há lugar para pensar e não há a ambição de mais qualquer coisa, será que se vive com a mesma intensidade?
Mais, dizem uns. Menos, diz a maioria incapaz de se desprender de sentimentos mais duradouros que um pau de fósforo a queimar. Depende do tamanho do fósforo, dirão outros mais indecisos.
As memórias ficam e há que recordá-las com um sorriso feliz. E acreditar num futuro onde o tempo não seja tão curto e o amanhã traga sempre mais qualquer coisa para oferecer a quem quer tudo.
Até ao grande repasto, vamos petiscando. É preciso matar a fome sem perder o apetite.

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