quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Pequeno Manual sobre o Amor (parte XIII)

Das novas tecnologias

Aqui escrevi sobre os Jogos e mencionei já as mensagens telefónicas.

Hoje vou explorar um pouco mais a utilização das tecnologias da comunicação nas relações.

Cada vez mais próximos (ou não), conhecidos, amigos, inimigos e amantes, não passam sem recorrer aos SMS, aos MMS, aos e-mails e às redes de interacção social como o facebook e o, já moribundo, Hi-5.

Mensagens indiferentes, doces ou agrestes são enviadas a cada momento, dependendo dos estados de espíritos e dos conteúdos a transmitir.

Bem pensadas, mal pensadas ou não pensadas de todo. Diz-se o que se quer? Quando se quer? Como se quer?

Para evitar mal-entendidos, tenham o cuidado de enviar as mensagens que pretendem, apenas em caso de sobriedade total. E sejam claros. Digam exactamente o que têm na cabeça, não provoquem dúvidas nem comuniquem o oposto do que querem.

Ou não? Será que há que escrever com teclas mansas? Contorcer o que se quer fazer saber?

Como agir com o outro? Com o leitor?

A mensagem que não tem uma pergunta clara, não exige resposta. Pode ser propositado para ver até que ponto o outro está interessado. Pode ser fruto da tal ebriedade, quando tudo o que se quer é não ser incomodado por determinadas pessoas ou estar em permanente contacto com outras. Pode ser medo de ir mais longe e dizer o que realmente se sente. Ou pode ser simplesmente confusão do transmissor.

E, às vezes, é mais fácil escrever do que dizer determinadas coisas: a cobardia das palavras abunda nos tempos que correm. Medo de escrever demais, dizer demais. Medo de ser mal interpretado. Medo de assumir o que se sente, bom ou mau. Medo de ser quem é? Ou pura preguiça? Um mero jogo de empurra?

Tenham cuidado com o que dizem - pode transmitir os sinais errados. E tenham cuidado com o que não dizem. Pode acontecer o mesmo.

Sem comentários: